A diferença física entre uma fibra ótica monomodo e multimodo é o diâmetro do núcleo. Em ambos os casos a casca da fibra possui uma espessura de 125µm (0,000125m), mas o núcleo da monomodo tem um diâmetro de 9µm e na multimodo 50µm ou 62,5µm.
Isso resulta, devido à espessura do núcleo, em um único feixe de luz na monomodo e múltiplos feixes de luz na multimodo. O resultado prático são distâncias maiores para a monomodo.
Falando de uma forma simples, quase a totalidade das instalações de fibras ópticas para curtas distâncias é multimodo e para longas distâncias é monomodo, o que pode refletir em economia do hardware, uma vez que os ativos para as fibras monomodo custam mais caro.
A estória não é bem assim. Eu acredito que para todos os casos devemos utilizar fibras monomodo. Sim, o hardware custa mais, mas não é muito mais, além do que a fibra monomodo é mais barata que a multimodo.
A principal razão, pela opção monomodo, é a vida útil do investimento, vejamos.
Vamos voltar no tempo, 1995, por exemplo. Quem possuía uma instalação em 10BaseFL, em uma fibra multimodo, chegava até 2km. Isto foi assim até o 100BaseFX mas, quando veio o 1000BaseSX a distância máxima caiu para 550m no núcleo de 50µm e 220m no 62,5µm.
Pior, hoje para 10GBaseSR, a distância é de apenas 33m a 300m. Resultado: troque a fibra ótica se precisar de mais velocidade com as mesmas distâncias do passado.
Já vi fabricantes que cobram o dobro do valor por ativos monomodos em relação aos multimodos. Não há razão alguma para isso. Se este é o seu caso, troque o fabricante, mas não abra mão da fibra monomodo, pois esta é para sempre!
